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sexta-feira, maio 10, 2013

Desocupados e reformados em foco

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A análise dos comentadores do ETV Mariana Abrantes de Sousa, António Gaspar, Mário Caldeira Dias, num debate conduzido por Marta Rangel. "Conselho Consultivo" de 10 de Maio de 2013.
http://videos.sapo.pt/IpcP9yYjBcTSht5R8kaM 

Ver intervenção do Nobel da Economia Christopher Pissarides sobre a importância de manter ocupação produtiva mesmo em situação de desemprego http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3196371


2 comentários:

  1. No que respeita às reformas, já há bastantes anos que ela não é calculada pelo ultimo ordenado mas pela média dos ultimos 10 anos; e para os novos empregados desde há algum tempo penso que conta toda a vida.

    Esse golpe de aumentar o ordenado nos últimos anos para garantir uma boa reforma era usual no setor privada mas quase nulo no público, onde as pessoas estão presas a carreiras. Era frequente pessoas que declararam sempre o ordenado mínimo passarem a ter ordenados milionários quando se queriam reformas.

    Por isso, a "vantagem" do sector publico em relação ao passado é fictícia, a vantagem foi sempre do sector privado graças a esse golpe; em relação ao futuro é que já não.

    É também interessante dizerem agora que os fp são uns priveligiados e que ganham mais; sempre ganharam muito menos para a mesma qualificação, por isso é que se inventaram os institutos e EP por todo o lado, que era para fugir à baixa tabela salarial da fp.

    Uma coisa que nunca referem é que a carga fiscal em Portugal é das mais baixas da Europa (menos 6% que a média) mas das mais altas em relação às classes mais baixas (quase o dobro da alemã). Se tivessem aumentado a carga fiscal sobre os mais ricos (como outros, nomeadamente nos EUA, fizeram) e controlado melhor a fuga, não havia tanta recessão; porque é o dinheiro das classes mais baixas que faz andar a economia, é aqui que está o consumo relevante.

    Contrariamente ao que diz o economista Gaspar (nao é um bom nome para economistas, está visto...), as empresas não fecharam por causa do IRC - as estrangeiras não pagam porque aqui só deixam o custo da mão-de-obra, portanto não são afetadas e nenhuma empresa nacional para o mercado interno fecha por causa do IRC. Elas fecharam porque deixaram de vender, porque as pessoas diminuíram o consumo; e porque a construção civil morreu.

    Tambem o aumento da idade da reforma só produz efeitos associado a um esquema de reformas antecipadas e penalizações não muito duras, porque a partir dos 55 anos vamos ter 90% das pessoas desempregadas; a esperança de vida pode ter aumentado, mas a vida útil diminui e isso só se resolve com reformas mais baixas e mais longas.

    Este é um problema que tem uma solução muito fácil que já expliquei há várias anos no meu blogue; e que é mais ou menos o que os nórdicos fazem.

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  2. Já agora, mais outro erro de raciocínio do Gaspar da entrevista: os custos com pessoal do Estado são 75% da despesa? Ótimo, o Estado não é uma fábrica transformadora, claro que a maioria dos seus custos tem de ser com pessoal! Qual é a taxa nos países desenvolvidos? Na Alemanha, por exemplo?

    Agora, se ainda há 25% de custos sem ser com pessoal, então há muito onde cortar sem ser neste; porque só é preciso cortar 5%, não é?

    A propósito, se a carga fiscal cá fosse igual à de França, a colecta do Estado seria 10% maior e haveria superavit, não é? Só que essa carga fiscal é sobre os ricos...

    Em resumo, o pensamento do Gaspar é o mesmo da generalidade dos nossos economistas - os pobres que paguem a crise. Enquanto for assim, não há solução nenhuma; a seguir vão falir os bancos nacionais. Parece que estas brilhantes cabeças se esqueceram que os bancos nacionais dependem do mercado interno, como qq outra empresa nacional. Nada que os preocupe, decerto, há muito que têm as suas economias noutros lados... ou não?

    um último desabafo: e das pensões do banco de portugal e outras que não resultam de descontos ao longo da vida, ninguém fala? Essas não precisam de ser "corrigidas"?

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